tag:blogger.com,1999:blog-43204008611619579062024-03-12T16:09:42.927-07:00Língua portuguesaWagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-80620844846854174702014-03-03T16:30:00.000-08:002014-03-03T16:30:11.066-08:00Localizado à ou na?<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Dúvida enviada por uma ex-aluna: "Este aeroporto está localizado na Região Metropolitana; O </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">terminal </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">do </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">ônibus Executivo Conexão Aeroporto está localizado à Avenida Álvares Cabral, 387". Qual dos dois é o correto, ou ambos estão corretos?</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span>
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white;">No português formal, os verbos seguintes - localizar, situar, morar, residir, domiciliar, bem como os nomes deles derivados: localizado, situado, sito, residente, domiciliado - exigem depois deles o uso da preposição "em" e, não, "a". Logo, a frase adequada à norma-padrão é a primeira: localizado na (em + a = na).</span></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span>
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white;">Em casos como esse, vale a pena consultar um bom dicionário de regência verbal, como o de Celso Pedro Luft.</span></span>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-44521780284720679212012-06-11T11:25:00.000-07:002012-06-11T11:25:54.101-07:00Para onde ou para aonde?<div style="text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Dúvida de Daniel Tisk: </span><b><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Wagner, quando usamos a preposição <i>para </i>antes de <i>onde</i>, também temos que colocar o <i>a</i>? </span><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Por exemplo: '</span><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Todo amor é eterno enquanto dura/</span><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">E quando acaba, para onde vão nossas juras?'. </span><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">O certo é <i>para onde </i>ou <i>para aonde</i>?.</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Caro Daniel, o adequado à norma-padrão é "para onde", pois o "para" é preposição, e o "a" do advérbio "aonde" também é preposição, logo, as duas têm a mesma propriedade morfológica: serem preposições. Nesse caso, ou se usa uma ou outra.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Observe apenas que, do ponto de vista do sentido, elas são distintas. Ir <i>a </i>algum lugar denota ideia de ida transitória, ou seja, se digo que vou a Bahia (quem me dera!) significa que vou e ficarei lá por pouco tempo, em seguida retornarei a Belo Horizonte. Diferentemente, se eu disser que vou para a Bahia significa que vou e ficarei lá por muito tempo, meses ou anos e, depois, voltarei. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Espero ter esclarecido sua dúvida...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Abraço!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</span></div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-66664732728139138112012-04-29T17:40:00.002-07:002012-04-29T17:40:28.586-07:00Bom-senso? Nova Iorque?<br />
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
Dúvidas encaminhadas por Geraldo Magela de Faria, licenciado em Letras pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH) e revisor:</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
"Apresento estas questões para os amigos que gostam de estudar o idioma.</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
1 A minha parceira de revisão de textos, Viviane, achou no VOLP o registro bom-senso (com hífen). Os dicionários não abonam este registro.</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
Um dos destinatários disse que se deve respeitar o VOLP e concordo com ele. E neste caso?</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
2 Nunca gostei de Nova Iorque (da grafia, porque a cidade eu não conheço, assim como nunca comi caviar).</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
Pois, hoje, deparei com a definição de nova-iorquino no <i>Houaiss</i>, conforme segue: "[...] relativo ao Estado de <strong>Nova York</strong> ou à cidade de mesmo nome (E.U.A.) ou o que é seu natural ou habitante". Fui ao VOLP e, para meu espanto, estão lá <strong>nova-yorkiense</strong> e <strong>nova-yorkino</strong>. Não acreditei, fiz outras leituras e confirmei."</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969);">
<span lang="PT-BR"><div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<b>Minha resposta</b></div>
<br />
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<b>Questão 1</b></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
O <i>Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa</i><b> </b>(VOLP), quer queiramos ou não, é a fonte oficial para dúvidas de ortografia. Se ele registra bom-senso, com hífen, na norma-padrão é assim que teremos de grafar.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<b>Questão 2</b></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
Ou se grafa Nova Iorque, aportuguesado, ou New York. É um absurdo o <i>Houaiss </i>chancelar um erro desses.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
Quanto a "nova-yorkino", não se trata de uma incoerência, pois, na nova ortografia, as letras "k" e "y" foram inseridas ao alfabeto do português. Além disso, o VOLP traz também a forma variante "nova-iorquino".</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
</span></div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-55575839665681758602011-12-18T16:37:00.000-08:002011-12-18T16:37:23.108-08:00Gadgets pra quê?<div style="text-align: justify;"> Dias desses, estava lendo o caderno<b> Direito & Justiça</b>, publicado por um dos jornais de Minas Gerais. Em um dos artigos, cujo título era <b>Pirataria</b>, o articulista saiu-se com esta frase: "As leis não podem alcançar efeitos se lhes faltarem os suportes de ferramentas operacionais. A oferta às escâncaras de tais gadjets nas praças, nas ruas, nas calçadas e até nas vizinhanças de postos policiais é a melhor prova da frágil capacidade de reação do Estado.".</div><div style="text-align: justify;"> Não quero discutir o conteúdo da argumentação do autor contra a pirataria, questão que mereceria outro artigo, mas mostrar a desnecessidade do emprego de palavras inglesas - e pior - transcritas de forma incorreta. </div><div style="text-align: justify;"> Na frase citada, aparece uma palavra da língua inglesa, cuja grafia correta é <b>gadget</b>, escrita com gê também na segunda sílaba e, não, jota, como saiu no jornal. O que significa essa palavra? Aparelho, dispositivo, invento, engenhoca, artifício.</div><div style="text-align: justify;"> E aí minha pergunta: por que o jornalista, em vez de simplificar, em vez de usar a língua materna, empregou uma palavra inglesa pouco usual? Deixo a resposta para vocês, blogueiros de plantão.</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-52862474386458518542011-11-23T10:23:00.001-08:002011-11-23T10:34:18.376-08:00Questão de concurso do CESPE/UNB (2011)<br />
<div style="text-align: justify;">
Trata-se de uma questão interessante sobre correspondência oficial, em uma prova para Procurador da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Vejam:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
"MINISTÉRIO DA JUSTIÇA</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Of. 012/2013-MJ</div>
<div style="text-align: right;">
Brasília, 10 de agosto de 2013.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Assunto</b>: Resolução n.º 12/2013-MJ</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Sua Excelência o Senhor</div>
<div style="text-align: justify;">
Fulano de Tal</div>
<div style="text-align: justify;">
Ministro de Estado da Saúde</div>
<div style="text-align: justify;">
70.000 – Brasília, DF</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Considerando as informações acima, relativas à parte inicial de um ofício hipotético, assinale a opção que contém a forma correta do vocativo a ser empregado nesse ofício.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Senhor Ministro</div>
<div style="text-align: justify;">
B Excelentíssimo Senhor Ministro</div>
<div style="text-align: justify;">
C Digníssimo Ministro</div>
<div style="text-align: justify;">
D Magnífico Senhor Ministro</div>
<div style="text-align: justify;">
E Mui Digno Senhor Ministro."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qual a resposta correta? Deixarei vocês pensarem e comentarem. Daqui a alguns dias, darei a resposta fundamentada. Combinado? Abraço a todos!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-74869680244917467972011-10-31T07:35:00.000-07:002011-10-31T07:35:31.150-07:00A Polícia Civil do Estado ou do estado de Minas Gerais?<div style="text-align: justify;">A aluna de Letras do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), Clara Terra Benevides Sanches, me enviou por <i>e-mail</i> a pergunta acima. Como se trata de uma dúvida comum, reproduzo a resposta que enviei para ela.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: justify;">O substantivo estado, como nome comum, escreve-se com caixa-baixa: estado de saúde, estado psicológico etc. Contudo, quando ele significa unidade da Federação, deve ser escrito com caixa-alta: Estado de Minas Gerais, o Estado do Rio de Janeiro, entre outros.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A título de confirmação, veja o que registra o <i>Dicionário escolar da língua portugues</i>a, da Academia Brasileira de Letras, 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008, p. 542: "[...] 6. Território decorrente da divisão geográfica e política de um país: Estado de Minas Gerais [...]".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como a competência para legislar sobre questões ortográficas pertence à Academia Brasileira de Letras, não resta dúvida de que, no português formal, a palavra "estado", quando se referir à unidade da Federação, deve ser escrita com inicial maiúscula: Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-55633247975898153802011-06-10T08:30:00.000-07:002011-06-10T08:33:39.546-07:00Quais as diferenças entre anexo e em anexo?<div style="text-align: justify;">Recebi um <em>e-mail</em> de Micheline Almeida com a seguinte pergunta: "Como se diz: em anexo ou anexo?". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Resposta: no português formal, a palavra <strong>anexo</strong> é um adjetivo e concorda com o substantivo a que se refere em gênero (masculino/feminino) e em número (singular/plural). Exemplos:</div><br />
<ol><li>Enviamos anexos (masculino plural) os ofícios (masculino plural).</li>
<li>Seguem anexas (feminino plural) as correspondências (feminino plural).</li>
<li>A carta (feminino singular) segue anexa (feminino singular).</li>
<li>O documento (masculino singular) está anexo (masculino singular).</li>
</ol><div style="text-align: justify;">A expressão <strong>em anexo</strong> é uma locução adverbial e, por sua natureza adverbial, nunca sofre variação, ou seja, fica sempre <strong>em anexo</strong>. Exemplos:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><ol><li>Enviamos em anexo os ofícios.</li>
<li>Seguem em anexo as correspondências.</li>
<li>A carta segue em anexo.</li>
<li>O documento segue em anexo.</li>
</ol>Aproveito para agradecer a Micheline pela pergunta enviada.Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-87202641983401928652011-04-21T11:59:00.000-07:002011-05-09T15:46:45.555-07:00Dia internacional do livro infantojuvenil ou infanto-juvenil?<div style="text-align: justify;">Outro dia, recebi uma propaganda da Editora Saraiva sobre o "Dia Internacional do Livro Infantojuvenil". De início, estranhei a grafia "infantojuvenil", pois, como se trata de um adjetivo composto (infantil + juvenil), essas palavras teriam de estar ligadas por meio de um hífen: infanto-juvenil, tal como ocorre com outros adjetivos compostos: luso-brasileiro, rubro-negro, entre outros. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Qual não foi a minha surpresa ao consultar o <em>Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa</em> (VOLP), quinta edição, editado pela Academia Brasileira de Letras, já em conformidade com a nova ortografia, e encontrei a mesma grafia da propaganda da Saraiva: infantojuvenil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Resolvi consultar o dicionário <em>Houaiss</em>, segunda edição (conforme a nova ortografia), e nele também se encontra a mesma grafia "infantojuvenil". Indignado, não me dei por vencido, fui ao <em>Aulete Digital</em> e, finalmente, encontrei trigo nesse joio ortográfico: "infanto-juvenil. 1 Ref. ou inerente à infância e à juventude (comportamento infanto-juvenil; literatura infanto-juvenil)". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O fato, caro leitor, é que inexplicavelmente errou a ABL, e o <em>Houaiss</em>, infelizmente, "foi na onda"... Por ser um adjetivo composto, a grafia correta é infanto-juvenil, com hífen. Palmas para o <em>Aulete Digital</em>!, o qual, diga-se de passagem, pode ser baixado gratuitamente da internet.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-63321353795086139202011-02-24T11:43:00.000-08:002011-02-24T11:43:46.679-08:00A queima-roupa ou à queima-roupa?<div style="text-align: justify;">Notícia no portal do Uai (<a href="http://www.uai.com.br/">http://www.uai.com.br/</a>), publicada em 24 de fevereiro de 2011: "Laudo aponta para assinatos a queima-roupa". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que faltou a essa notícia? O acento grave (`) sobre o "a" da locução <em>à queima-roupa</em>. Na dúvida, como ensino sempre aos meus alunos, consulte um dicionário. Veja o que nos ensina o dicionário <em>Aurélio, </em>3. ed.: "À queima-roupa. </div><br />
<div style="text-align: justify;">1. De muito perto; cara a cara: 'Com dois berros à queima-roupa sacudi Janjão da sonolência' (José Cândido de Carvalho, <em>O Coronel e o Lobisomem</em>, p. 59). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2. De repente; de improviso; de chofre: 'Eu .... não lhe anunciara a partida, decidida, quase à queima-roupa, nas vésperas do embarque.' (Joaquim Paço d'Arcos, <em>Neve sobre o Mar</em>, p. 17.) </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3. Brusca e violentamente, como tiro à queima-roupa: Disse-lhe, à queima-roupa, tantas inverdades, que o pobre mal teve reação". </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Repare, caro leitor, como os exemplos, enumerados pelo mestre Aurélio, não deixam margem para dúvida sobre o emprego ou não do acento. Jornalista, por favor, não assassine a língua portuguesa! Na dúvida, consulte um dicionário...</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-30450308465585465762011-01-16T16:20:00.000-08:002011-01-16T16:20:15.199-08:00Presidente ou Presidenta?<div style="text-align: justify;">Com a posse de Dilma Rousseff à Presidência da República Federativa do Brasil, surgiu a dúvida: a presidente Dilma ou a presidenta Dilma? </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As duas formas são adequadas ao português formal. A segunda costuma soar estranha aos ouvidos de certas pessoas, contudo, já está registrada inclusive no <em>Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa</em> (VOLP), quinta edição, 2009.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esperemos, agora, que a presidente ou a presidenta faça um ótimo governo. O Brasil merece!</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-11386204207396813292010-11-24T08:33:00.000-08:002010-11-24T08:33:12.841-08:00Questão de concurso da Fundação Carlos Chagas (2005)<div style="text-align: justify;">"13. A concordância está feita de acordo com a norma padrão na frase:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(A) São bem-vindas as ações coletivas concretas no sentido de melhorar a produtividade − sem esquecer a qualidade − de todos os setores que compõem o agronegócio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(B) O acesso da população aos alimentos e à água em boas condições de consumo são fundamentais para a vida humana na Terra.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(C) Reflete-se, nos resultados econômicos do agronegócio brasileiro, os investimentos em tecnologia de ponta e na educação do trabalhador.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(D) Diversas barreiras econômicas, criadas por outros países, pode ser um prejuízo ao desenvolvimento de um mercado externo equilibrado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(E) O conjunto de fatores desfavoráveis a que está exposto vários setores do agronegócio tem causas tanto internas quanto externas."</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Comentário</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A resposta correta é a letra (A). Na letra (B), o núcleo do sujeito é "acesso", logo, o verbo deveria ter ficado no singular: <em>é fundamental. </em>Na letra (C), o núcleo do sujeito é "investimentos", portanto, o verbo também teria de ficar no plural: <em>Refletem-se. </em>Na letra (C), o sujeito é "diversas barreiras econômicas", no plural, logo, o verbo também teria de ir ao plural: <em>podem ser</em>. Por fim, na letra (E), o termo "vários setores do agronegócio" é o sujeito da oração "[...] a que está exposto [...]". Ora, se o sujeito está no plural, o verbo tem de concordar com ele: <em>a que estão expostos</em>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em resumo, em questões que envolvam o assunto concordância verbal, temos de identificar qual o sujeito da frase. Se o sujeito estiver no singular, o verbo ficará no singular. Se o sujeito estiver no plural, ou for um sujeito composto - constituído de mais de um núcleo - o verbo ficará no plural. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><br />
_________________________________________________________Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-2363850946483183722010-10-12T14:31:00.000-07:002010-10-12T14:31:06.538-07:00Qual a diferença de sentido entre "de encontro a" e "ao encontro de"?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">De encontro a </b>significa ‘no sentido oposto a, em contradição com, contra’; já <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ao encontro de</b> tem o sentido de ‘em busca de, em favor de, na direção de’. A primeira implica um sentido negativo; a segunda, positivo. Exemplos:</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px; line-height: 24px;">a) A candidatura de Serra vai de encontro à [ = contra] minha ideologia política.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">b) A candidatura de Dilma vai ao encontro da [ = a favor de] minha ideologia política.</span></div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-71341074647123023532010-09-06T11:28:00.000-07:002010-09-06T11:28:07.154-07:00É meio-dia e meio ou meia?<div style="text-align: justify;">No português formal, a construção adequada é <b>meio-dia e meia</b>, pois esta última palavra concorda em gênero e número com "hora", que fica subentendida: meio-dia e meia [hora].</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aproveitando o assunto, é importante que o leitor saiba que horas, minutos e segundos, quando abreviados em português, não recebem S de plural nem ponto de abreviatura. Portanto, escreva - são 10h 20min 10s. Este último ponto, obviamente, é o ponto-final da frase. </div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-65999075566809794372010-08-04T05:10:00.000-07:002010-08-04T05:40:06.507-07:00Um exemplo de vida...<object height="344" style="background-image: url(http://i4.ytimg.com/vi/SDFOzxszrJU/hqdefault.jpg);" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/SDFOzxszrJU&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/SDFOzxszrJU&hl=pt_BR&fs=1" width="425" height="344" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-63187641073980247052010-07-24T13:02:00.000-07:002010-07-24T13:02:41.574-07:00Questão da FUMARC/2000<div style="text-align: justify;">A questão abaixo trata do emprego de formas de tratamento usadas na correspondência oficial. Em seguida, farei meu comentário.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><b>QUESTÃO 14</b></div><br />
<div style="text-align: justify;">Tendo em conta a adequação das formas de tratamento ao destinatário, na correspondência oficial, assinale a alternativa <b>INCORRETA</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
a) Para delegados de polícia: V. Sa.<br />
b) Para juízes e desembargadores: V. MM.<br />
c) Para deputados e prefeitos: Vossa Excelência<br />
d) Para o Presidente da República: Vossa Excelência".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A opção incorreta é a letra "b", pois a forma de tratamento adequada a juízes e desembargadores é Vossa Excelência, cuja abreviatura é V. Exª. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-17145073672435206162010-06-29T18:06:00.000-07:002010-06-29T18:06:06.047-07:00Questão de concurso elaborada pela Fundação Carlos Chagas/2005<div style="text-align: justify;">Queridos leitores:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Meu sobrinho, Ronald, a quem agradeço a ideia, me sugeriu que começasse a postar neste blogue questões de concurso. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aceitei a sugestão, e vai abaixo a primeira questão com meus comentários. Peço a vocês que me enviem questões também. Assim, poderemos ajudar muita gente que se prepara para a árdua - mas instigante - trajetória dos concursos públicos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Questão</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">"[...] entre os vários fatores que <strong>ameaçam</strong> o desempenho do setor em 2005 [...]." (início do 2º parágrafo)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(A) ... as perspectivas de curto prazo tornaram-se sombrias...</div><div style="text-align: justify;">(B) ... que estavam em níveis muito baixos...</div><div style="text-align: justify;">(C) ... que atuam no mercado externo.</div><div style="text-align: justify;">(D) ... que anulam a competitividade alcançada nos últimos anos...</div><div style="text-align: justify;">(E) ... os custos no Brasil são cerca de três vezes maiores...</div><br />
<strong>Comentários</strong> <br />
<br />
<div style="text-align: justify;">A resposta correta é a letra "D". Por quê? Porque o verbo destacado "ameaçam" é transitivo direto, ou seja, verbo que exige um complemento sem introdução de preposição obrigatória. Nome desse complemento? Objeto direto. </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Somente na letra "D" aparece um verbo transitivo direto: <strong>anulam</strong>, motivo pelo qual essa é a correta. </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Portanto, trata-se de uma questão que exigiu do candidato o conhecimento da matéria <strong>regência verbal</strong>, a qual invariavelmente é cobrada nos concursos. </div><div style="text-align: justify;">_________________________________________________________</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-26311472405150332012010-06-11T10:33:00.000-07:002010-06-11T10:44:25.537-07:00Qual a diferença entre onde, aonde e donde?<div style="text-align: justify;">Quando o verbo ou nome exigirem a preposição <em>em</em>, use <em>onde. </em>Exemplo: Quem está, está <em>em</em> algum lugar. Portanto, <em>onde</em> você está? Quem mora, mora <em>em</em> algum lugar. Onde você mora? Quem entra, entra <em>em</em> algum lugar. <em>Onde</em> você entrou? </div><div style="text-align: justify;"></div><br />
<div style="text-align: justify;">Já <em>aonde</em> deve ser usado com verbos ou nomes que pedem a preposição <em>a</em>: Quem chega, chega <em>a</em> algum lugar. <em>Aonde</em> vocês chegaram? Quem vai, vai <em>a</em> algum lugar. <em>Aonde</em> vocês vão? Minha ida <em>a</em> Belém foi rápida. Ida <em>aonde</em>?</div><br />
Empregue <em>donde</em> ou <em>de onde</em> nos casos em que o verbo ou nome exigirem a preposição <em>de</em>: Quem vem, vem <em>de</em> algum lugar. <em>Donde</em> [ou <em>de onde</em>] você vem? Quem provém, provém <em>de</em> algum lugar. Você provém <em>donde</em> (ou <em>de onde</em>)?<br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-32852704114179619042010-05-26T13:18:00.000-07:002010-06-05T15:37:20.727-07:00O emprego dos porquês<div style="text-align: justify;">Uma das dúvidas mais frequentes de ortografia é quanto ao uso dos porquês. Eis os casos mais comuns. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(i) PORQUE (junto e sem acento): quando equivale a pois, porquanto, uma vez que. Ex.: Já tirei meu título de eleitor, porque [= pois] as eleições estão chegando.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(ii) PORQUÊ (junto e com acento): quando for precedido de palavras como o, os, um, ou quando sinônimo de causa, razão, motivo. Ex.: Para avaliar melhor um candidato a cargo público, é prudente investigarmos os porquês [os motivos] de sua candidatura.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(iii) POR QUE (separado e sem acento): é usado nas perguntas diretas, nas quais se emprega o ponto de interrogação, ou indiretas (exemplos seguintes <em>a</em> e <em>b</em>), nas quais se emprega o ponto-final, e quando pudermos substituí-lo por pelo qual, pelos quais, pela qual e variações (exemplo <em>c</em>). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">a. Por que geralmente chove quando não saímos de guarda-chuva e não chove quando saímos com ele? [Pergunta direta]. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">b. Diga-me por que o salário mínimo no Brasil é tão baixo. [Pergunta indireta]. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">c. Esta é a razão por que [= pela qual] não voto em branco: com tantos candidatos, há sempre um trigo no joio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(iv) POR QUÊ (separado e com acento): emprega-se também nas perguntas diretas ou indiretas e sempre que vier imediatamente seguido de ponto de interrogação (na interrogação direta), ou de ponto-final (na interrogação indireta). Ex.: </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">a. Você não gostou do filme. Por quê?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">b. Você não gostou do filme. Diga-me por quê.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Observação final</strong>: na interrogação direta, a primeira palavra da frase é um pronome ou advérbio interrogativo; na indireta, a palavra interrogativa não aparece no início da frase. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-89188680127938143592010-05-06T12:29:00.000-07:002010-05-06T12:29:08.882-07:00A princípio ou em princípio?<div style="text-align: justify;">Essas expressões têm sentidos distintos: <em>a princípio</em> significa no começo, inicialmente; <em>em princípio</em> é igual a teoricamente, em tese, de um modo geral, em termos. Ex.:</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(i) A princípio (= no começo), aprender a dirigir é custoso, mas com a prática tudo se torna mais fácil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(ii) Em princípio (= em teoria), todos são iguais perante a lei, mas no dia a dia, pelo menos no Brasil, isso ainda é uma utopia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-11049877149833274442010-04-18T06:43:00.000-07:002010-04-18T06:54:03.806-07:00Viemos comunicar-lhe ou Vimos comunicar-lhe?<div style="text-align: justify;">Na norma-padrão, <em>viemos</em> indica ação passada; <em>vimos</em>, ação presente. Ex.: Ontem viemos aqui para felicitar o tenista brasileiro Gustavo Kuerten, o Guga, mas não o encontramos; por isso vimos hoje novamente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por isso, na tradicional introdução de ofícios, cartas comerciais, <em>e-mails </em>corporativos, enfim, em situação formal de comunicação, empregue: <em>Vimos comunicar-lhe que</em>... </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nesse caso, a bem da verdade, pode-se até dispensar o uso de <em>vimos</em> e iniciar-se a carta ou ofício de forma direta, como recomenda a comunicação moderna: <em>Comunicamos-lhe... Informamos-lhes... </em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma última observação: evite, nesses textos, o emprego da expressão <em>por meio desta</em> ou <em>por meio deste</em>. Ora, toda comunicação é feita por meio de algo, seja este papel, telefone, etc. Trata-se, pois, de expressão óbvia e, consequentemente, desnecessária.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-25393956377738926112010-04-01T09:22:00.000-07:002010-04-01T09:37:50.080-07:00Este, esse, aquele e variações: quando empregá-los?<div align="justify"><br />Usamos esses pronomes em três situações principais: para situar as pessoas ou objetos no espaço, no tempo ou no discurso. </div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">No espaço: em referência ao que está perto da pessoa que fala (eu/nós). Ex.:</div><br /><div align="justify">(i) Este jornal que tenho nas mãos é o <em>Jornal do Brasil</em>.<br />(ii) Esta camisa que estou vestindo foi presente da atriz Cláudia Raia.<br />(iii) Isto que comprei foi pago à vista.</div><br /><div align="justify">Em referência ao lugar onde o falante (eu/nós) está ou àquilo que o abrange fisicamente. Ex.:</div><div align="justify"><br />(i) Este apartamento onde moro fica em Belo Horizonte.<br />(ii) Depois de mais um massacre de trabalhadores sem-terra, só posso dizer como o cantor Renato Russo: “Que país é este?”.</div><br /><div align="justify"><em>Esse</em>, <em>essa</em>, <em>isso</em> serão empregados em referência ao que está perto da pessoa com quem se fala (tu/você/vós/vocês). Ex.:</div><div align="justify"><br />(i) Essa camisa que você vestiu é do Atlético Mineiro?<br />(ii) Essa cidade onde você mora, leitor, fica a quantos quilômetros de Belo Horizonte?</div><div align="justify"><br />Ainda para apontar as pessoas ou objetos no espaço, temos o pronome <em>aquele</em>, empregado em referência ao que está longe da primeira pessoa (eu/nós) e da segunda (tu/você/vós/vocês), mas perto da terceira (ele/ela/eles/elas). Imagine uma situação em que eu (1ª. pessoa) e você (2ª. pessoa) estamos conversando sobre uma terceira (ele), o cronista Luís Fernando Veríssimo. De repente ele passa perto de nós, e eu me dirijo a você:<br />- Olhe, aquele ali é o Veríssimo, autor de <em>O analista de Bagé</em>. </div><br /><div align="justify">Em referência ao tempo, <em>este</em>, <em>esta</em>, <em>isto</em> indicam o tempo presente; <em>esse</em>, <em>essa</em>, <em>isso</em>, passado próximo; e <em>aquele</em>, <em>aquela</em>, <em>aquilo</em>, passado distante. Ex.:</div><br /><div align="justify">(i) Nesta semana vou ao cinema.<br />(ii) Nessa semana que passou, não assisti a nenhum filme.<br />(iii) Naquela semana do feriado, fomos ao cinema em quase todos os dias.</div><br /><div align="justify">Finalmente, no discurso, usaremos os pronomes <em>este</em>, <em>esta</em>, <em>isto</em> para nos referirmos ao que vai ser citado à frente no texto; <em>esse</em>, <em>essa</em>, <em>isso</em>, ao que já foi mencionado antes; e <em>aquele</em>, <em>aquela</em>, <em>aquilo</em>, para uma situação em que nos referimos a dois seres ou objetos, para o primeiro dos quais – o mais distante – empregaremos <em>aquele</em>; para o segundo, <em>este</em>. Ex.:</div><br /><div align="justify"><br />(i) Este é um dos pensamentos mais belos de Cristo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22, 39).<br />(ii) Esse pensamento, se fosse seguido na prática, talvez ajudasse a diminuir a fome, a miséria e as desigualdades socioeconômicas, presentes no nosso mundo dito civilizado.<br />(iii) No Natal, comprei dois livros de Erich Fromm: <em>O medo da liberdade</em> e <em>A arte de amar</em>. Este dei de presente à minha namorada; aquele, ao meu amigo. </div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-36972321479913240432010-03-24T10:46:00.000-07:002010-09-29T14:36:58.856-07:00Onde encontrar meu livro?<div align="justify"></div><div align="justify">Muitos me perguntam onde pondem adquirir meu livro <em>Tira-dúvidas de português</em>: com informações sobre a nova ortografia.<br />
</div><div align="justify"></div><div align="justify">Eis os nomes das Livrarias, com endereço, telefone e <em>e-mail</em>:</div><ol><li><br />
<div align="justify"><strong>Entre Amigos Livraria</strong>, Rua Guajajaras, 1.596, Loja 107, Barro Preto, Belo Horizonte/MG, CEP 30180-101. Tel.: (31) 3295-0176/3082-9451; <em>e-mail</em>: <a href="mailto:entre.amigos@terra.com.br">entre.amigos@terra.com.br</a>;</div></li>
<li><br />
<div align="justify"><strong>Livraria do Psicólogo e do Educador,</strong> Av. do Contorno, 1.390, Bairro Floresta, Belo Horizonte/MG. Tel.: (31) 3303-1000; site:<strong> </strong><a href="http://www.livrariadopsicologo.com.br/">http://www.livrariadopsicologo.com.br/</a>.</div></li>
</ol><div align="justify">Boa leitura a todos!</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-84696213656907807732010-03-19T09:24:00.000-07:002010-03-19T09:40:51.677-07:00A nova ortografia do português<div align="justify"><br />A partir de primeiro de janeiro de 2009, entrou em vigor, no Brasil, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, regulamentado pelo Decreto nº 6.586/2008, em 29 de setembro de 2008, assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.<br />As mudanças, em que pese à gritaria de linguistas, escritores, etc., são um cisco, atingindo cerca de 0,5% do vocabulário do português do Brasil e 1,6% do português de Portugal. A seguir, explicaremos as principais alterações no português brasileiro.<br /><br /><em>Alterações gerais<br /></em><br />1. O alfabeto passa a ter 26 letras, com a inclusão das letras k (cá), w (dáblio) e y (ípsilon).<br />2. Não se acentuam os ditongos tônicos abertos -eu-, -ei- e -oi- de palavras paroxítonas, exceto quando para estas houver uma regra específica de acentuação. Ex.: alcateia, apoio (do verbo apoiar), assembleia, Coreia, ideia, heroico, jiboia, paranoica – todas sem acento. Exceção: destróier, gêiser (fonte termal de origem vulcânica), etc. A exceção se justifica em razão da regra específica de acentuação das paroxítonas, segundo a qual toda paroxítona terminada em –r é acentuada.<br />3. Não são assinaladas com acento gráfico as formas verbais creem, deem, leem, veem e seus derivados, como descreem, releem, anteveem.<br />4. Não é assinalado com acento gráfico o penúltimo o do hiato -oo(s): voos, enjoos. Exceção: herôon (espécie de santuário), paroxítona terminada em –n.<br />5. O acento diferencial só se mantém em dois casos: pôde (passado) ≠ pode (presente); pôr (verbo) ≠ por (preposição).<br />6. É facultativo o acento em fôrma (subst.) ≠ forma (subst./verbo).<br />7. Não são assinaladas com acento gráfico as paroxítonas cujas vogais tônicas -i- e -u- são precedidas de ditongo: baiuca (casa pequena e pobre), bocaiuva (árvore), feiura.<br />8. Não se assinala com acento agudo o -u- tônico de formas rizotônicas de arguir e redarguir (= responder argumentando). Forma rizotônica é aquela cuja sílaba mais forte encontra-se no radical. Ex.: Os professores arguem os alunos. Caiu o acento, nesse caso, pois a sílaba mais forte de arguem é -gu-, a qual faz parte do radical (argu-) do verbo arguir.<br />9. O trema é eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas: aguentar, cinquenta, frequente, linguiça, Linguística, sequencia, sequestro, tranquilo. Ele só será usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros com trema: hübneriano, de Hübner; mülleriano, de Müller.<br /><br /><em>Emprego do hífen<br /></em><br />1. São escritas aglutinadamente palavras em que o falante contemporâneo perdeu a noção de composição: girassol, mandachuva, madressilva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo. Esta, a meu ver, foi a regra mais mal elaborada do Acordo. Pergunto ao leitor: se apenas no Brasil temos cerca de 186 milhões de falantes, como iremos aferir se cada um desses perdeu ou não “a noção de composição” de certas palavras?<br />2 Emprega-se o hífen nos topônimos (nome próprio de lugar): 1) iniciados por grã e grão: Grã-Bretanha, Grão-Pará; 2) iniciados por verbo: Abre-Campo, Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; 3) cujos elementos estejam ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios.<br />3. Em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, erva-doce; andorinha-do-mar, bem-te-vi, formiga-branca.<br />4. Para ligar encadeamentos vocabulares: ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto.<br />5. Prefixos ante-, anti-, circum-, contra-. Usa-se o hífen se o 2º elemento tiver palavra iniciada por H: ante-histórico, anti-higiênico, circum-hospitalar, contra-haste.<br />6. Com os prefixos aero-, agro- (= terra), albi-, alfa, ante-, anti-, ântero-, arqui-, áudio-, auto-, beta-, bi-, bio-, contra-, eletro-, euro-, ínfero-, infra-, íntero-, iso-, macro-, mega-, etc., quando a palavra seguinte for iniciada pela mesma vogal com que termina o prefixo ou radical: anti-infeccioso, arqui-inteligente, auto-observação, contra-almirante, eletro-ótica, infra-axilar, micro-onda (onda eletromagnética), micro-ondas (forno), semi-interno, supra-auricular.<br />7. Com os prefixos circum- e pan-, quando a palavra seguinte for iniciada por H, VOGAL, M e N: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.<br />8. Com os prefixos hiper-, inter-, super-, quando a palavra seguinte for iniciada por R: hiper-requintado, inter-racial, super-revista, super-reserva.<br />9. Na translineação (ato de passar de uma linha para a outra, na escrita ou na impressão) de palavra composta ou de combinação de palavras em que há hífen, se a partição coincide com o final de um dos elementos com hífen, este deverá ser repetido na linha seguinte: vice-<br />-almirante; serená-<br />-los-emos.<br /><br /><em>Não emprego do hífen<br /></em><br />1. Nas palavras derivadas por prefixação, quando o prefixo ou radical terminar em vogal: co-, micro-, contra-, e a palavra seguinte for iniciada por R ou S: cosseno, microssistema, contrarregra. Nesse caso, o R e o S devem ser duplicados: minissaia, contrassenha.<br />2. Também quando a palavra seguinte for iniciada por VOGAL DIFERENTE daquela em que termina o 1º elemento: aeroespacial, agroindustrial, anteaurora, antiaéreo, autoajuda, autoaprendizagem, autoestrada, coadministrar, coautor, coeducação, contraescritura, contraespionar, extraescolar, extraoficial, hidroelétrico, intrauterino, neoafricano, neoimperialismo, socioafetivo, socieconômico, supraesofágico, supraocular, ultraelevado.<br />3. Para distinguir classes gramaticais: à toa (locução adjetiva) e à toa (locução adverbial); dia a dia (substantivo e advérbio). Idem para locuções como: arco e flecha, calcanhar de aquiles, comum de dois, tão só, tão somente, mão de obra, mão de vaca, ponto final, ponto e vírgula, entre outras.<br />4. Com as palavras não e quase com função prefixal: não agressão, não beligerante, quase delito, quase equilíbrio.<br />5. Não se emprega o hífen quando o 1º elemento for o prefixo des- ou o in-, e o 2º elemento perder o H inicial: desumano, inábil, inumano.<br />6. Os prefixos co-, pro-, pre- e re- se aglutinam ao 2º elemento, ainda que este seja iniciado por O ou E: coabitar, coautor, coedição, coerdeiro, coemitente, cogerente, cogestão, cooperar, coobrigação, proativo, procônsul, preeleito, reedição, reeleição, reescrita.<br /><br /><em>Emprego das letras maiúsculas e minúsculas<br /></em><br />1. Nas citações de títulos de obra, após a primeira palavra, cuja primeira letra deve vir em maiúscula, as demais podem ser escritas ou não com maiúscula, exceto nomes próprios: <em>Memórias Póstumas de Brás Cubas</em> ou <em>Memórias póstumas de Brás Cubas</em>. A indicação bibliográfica tem de vir em itálico.<br />2. Nos axiônimos (nome ou locução com que se presta reverência a determinada pessoa do discurso) e hagiônimos (nomes sagrados referentes a crenças de quaisquer religiões), é facultativo o emprego da maiúscula: senhor doutor Joaquim/ Senhor Doutor Joaquim; santa Filomena/Santa Filomena.<br />3. Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas, pode-se empregar a maiúscula ou a minúscula: Direito/direito, Filosofia/filosofia, Latim/latim, Matemática/matemática, Medicina/medicina, Português/português.<br />4. Emprega-se maiúscula nos antropônimos (nome próprio de pessoa), reais ou fictícios: Pedro Marques, Branca de Neve.<br />5. Emprega-se maiúscula nos designativos dos pontos cardeais ou equivalentes, somente quando em sentido absoluto: Nordeste, por nordeste do Brasil; Norte, por norte de Portugal.<br />6. Emprega-se maiúscula, facultativamente, em palavras usadas reverencialmente: rua da Bahia/Rua da Bahia; palácio/Palácio das Artes. </div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4320400861161957906.post-47304825576551910202010-03-17T10:23:00.000-07:002010-03-17T10:32:31.821-07:00Dona de casa - com ou sem hífen?<div style="text-align: justify;"> Pela nova ortografia, não se emprega o hífen nas locuções, sejam substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas exceções apontadas a seguir. <br /><br /> Portanto, escreva sem hífen: dona de casa, cão de guarda, fim de semana, pé de moleque (doce feito de rapadura ou açúcar e amendoim torrado), sala de jantar (locuções substantivas); cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho (locuções adjetivas); cada um, ele próprio (locuções pronominais); à parte, à vontade, por isso (locuções adverbiais); abaixo de, acima de, a fim de, quanto a (locuções prepositivas); a fim de que, ao passo que, logo que (locuções conjuncionais).<br /><br /> Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa, cara de mamão-macho, bem-te-vi de igreja.<br /> <br /></div>Wagnerhttp://www.blogger.com/profile/17441775132345956020noreply@blogger.com1